A deputada federal Professora Goreth (PDT-AP) disse que no Brasil, cerca de 400 mil adolescentes se tornam mães todos os anos. O número, segundo a deputada, é alto, o que corresponde a mais de 580% da média mundial. Para isso, a parlamentar defende que o poder público precisa assumir a responsabilidade de criar mecanismos que previna e ajude evitar essa realidade.

“E esses números são muito maiores no Norte do Brasil. Por isso, é importante que o poder público garanta método contraceptivo e orientação para as nossas adolescentes”, destaca Goreth, que já destinou mais de R$ 4 milhões em emendas para seu estado a fim de serem investidos na aquisição de métodos contraceptivos.

A gravidez na adolescência, lembra a deputada, compromete a saúde e a vida social de adolescentes que muitas das vezes têm suas vidas interrompidas em razão da maternidade precoce, uma vez que nessa fase da vida as meninas geralmente estão estudando ou se capacitando em alguma profissão.

Por isso, explica Goreth, uma solução plausível é a prevenção por meio da colocação de DIUs e implantes contraceptivos.

“Métodos seguros e eficazes de contracepção, fortalecendo o planejamento reprodutivo e oferecendo às jovens o direito de escolher quando e se querem ser mães”, diz Goreth.

Dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), ferramenta do ado Sistema Único de Saúde (SUS), coletados em 2023, mostram que, mesmo havendo redução entre 2015 e 2019 de até 32,7% dos casos de adolescentes grávidas, os números absolutos ainda são elevados. Atualmente, um a cada sete bebês brasileiros é filho de mãe adolescente. Por dia, 1.043 adolescentes se tornam mãe no Brasil. E, por hora, são 44 bebês que nascem de mães adolescentes, sendo que dessas 44, duas tem idade entre 10 e 14 anos.

Para a deputada, investir e apoiar o poder público em ações que busquem a prevenção da gravidez em adolescentes é uma ação concreta que contribui para o empoderamento feminino, pela autonomia das mulheres e pela justiça social.

“Reafirmo meu compromisso com a saúde pública, com o cuidado das adolescentes e com a construção de um Amapá com mais oportunidades e dignidade para todas”, afirma Goreth.